MonoBloco 2002
(2003)
Crítica
Cotação:
Amparado pelos concorridos e sempre lotados ensaios, o Monobloco, algo como o
braço carnavalesco do grupo Pedro Luís e A Parede, lançou um disco que soa, tanto
na primeira quanto na centésima audição, uma grande escapa do óbvio ululante.
Em primeiro lugar, escapa das manjadas batidas de Carnaval. O regente e também
integrante da Parede, Celso Alvim, desfaz alguns mitos do andamento da tradicional
bateria de samba, trazendo o funk e alguns ritmos nordestinos (embolada, maracatu,
côco), transformando-os em algo audível, finito e interessante. Portanto, não estamos
diante de um disco de sambas de enredo disfarçado de produto pop e "muderno".
Noutro lugar, o disco ganha força com o trabalho autoral, com as composições de Pedro Luís (Cirande em Frente, com participação dos rappers Xis e Rappin' Hood); do puxador Serjão Loroza (Madureira... É Assim que É") e do compositor e cavaquinista oficial Rodrigo Maranhão (Maracatu Embolado). Em todas, a ordem é não se prender a fórmulas espertinhas ou jogos de palavras desnecessários. Mesmo assim, Rap do Cartão Postal (Pedro Luís/Cabelo), composição dos tempos do Boato (extinto grupo onde começou Pedro Luís), ainda tem a força contida nos ensaios. Nas versões que fez, o bloco (ou quem o dirige) teve o mesmo cuidado no momento de não cair em campos óbvios. O bloco lembra Raul Seixas (Mosca na Sopa, também do repertório da Parede); gravou Imunização Racional (Que Beleza!) (Tim Maia), e transformou a canção do bendito Tim Maia Racional em um hit certeiro de rádio. Não esquecendo que estamos no Rio, um medley de marchinhas (Cabeleira do Zezé/Allah-Lá-Ô/Mulata Yê, Yê, Yê) faz a referência de que os baile continuam vivos. Uma pena que não se possa dizer nada a respeito da versão ruim para Alagados, dos Paralamas do Sucesso. De resto, é curtir o baile.(Filipe Quintans)
Noutro lugar, o disco ganha força com o trabalho autoral, com as composições de Pedro Luís (Cirande em Frente, com participação dos rappers Xis e Rappin' Hood); do puxador Serjão Loroza (Madureira... É Assim que É") e do compositor e cavaquinista oficial Rodrigo Maranhão (Maracatu Embolado). Em todas, a ordem é não se prender a fórmulas espertinhas ou jogos de palavras desnecessários. Mesmo assim, Rap do Cartão Postal (Pedro Luís/Cabelo), composição dos tempos do Boato (extinto grupo onde começou Pedro Luís), ainda tem a força contida nos ensaios. Nas versões que fez, o bloco (ou quem o dirige) teve o mesmo cuidado no momento de não cair em campos óbvios. O bloco lembra Raul Seixas (Mosca na Sopa, também do repertório da Parede); gravou Imunização Racional (Que Beleza!) (Tim Maia), e transformou a canção do bendito Tim Maia Racional em um hit certeiro de rádio. Não esquecendo que estamos no Rio, um medley de marchinhas (Cabeleira do Zezé/Allah-Lá-Ô/Mulata Yê, Yê, Yê) faz a referência de que os baile continuam vivos. Uma pena que não se possa dizer nada a respeito da versão ruim para Alagados, dos Paralamas do Sucesso. De resto, é curtir o baile.(Filipe Quintans)
Faixas

1
Vinheta Samba Enredo Monobloco 2002

2
Rap do Cartão Postal

3
Madureira... É assim que é!

4
Domingo / Bom bonito e barato

5
Imunização Racial (que beleza)

6
Mosca na sopa

7
Na onda do berimbau

8
Maracatu embolado

9
Eu bebo sim / salve a mocidada /oba

10
Sino da ingrajinha

11
Alagados

12
Cirande em frente

13
Cabeleira do zezé

14
Samba enredo monobloco 2001

