LUIZ GONZAGA AO VIVO - VOLTA PRA CURTIR
Luiz Gonzaga (2001)
Crítica
Cotação:
Que Luiz Gonzaga foi genial, isso todo mundo já sabe. Ele tinha a voz forte, as composições imortais, a sanfona característica e um talento nato para incorporar o caboclo nordestino e contar causos e anedotas. Doze anos depois de sua morte, constata-se que ele continua imbatível no gênero que ajudou a fixar no imaginário coletivo do brasileiro: o baião e suas variações. É o que prova o CD inédito Volta Pra Curtir, retirado de um show no Teatro Tereza Rachel, no Rio, em 1972, quando Caetano e Gil voltaram do exílio e queriam mostrar à juventude intelectual da Zona Sul carioca a importância do Rei do Baião. Produzido por Jorge Salomão (com roteiro dele em parceria com José Carlos Capinam), o show que agora virou CD apenas frisa a genialidade do intérprete e compositor, com direito a uma banda regional de primeira, que contou com o então jovem Dominguinhos no acordeom, que acabava de ser rebatizado (deixara há pouco o apelido de Neném).
O falatório desfiado por Gonzagão ao longo do disco pode até incomodar a quem só queira dançar ao som de suas músicas, mas não poderia ter ficado de fora. Seria uma heresia, afinal são em seus discursos que ele revela sua graça, sua ingenuidade e seu carisma inigualáveis. O repertório traz seus maiores clássicos - todos, atemporais - como Asa Branca, Boiadeiro, Lorota Boa, Assum Preto, Respeita Januário, No Meu Pé de Serra, Estrada de Canindé, Juazeiro, Derramaro o Gai, Qui Nem Jiló e tantas outras. Entre as menos conhecidas, destacam-se as brejeiras e melancólicas Ana Rosa (Humberto Teixeira) e Hora do Adeus (Onildo Almeida/ Lula Queiroga) e duas homenagens ao Rio de Janeiro: Adeus, Rio (Zé Dantas/ Luiz Gonzaga) e Aquilo Bom (Garotas do Leblon) (Luiz Gonzaga/ Severino Ramos). A nova geração do forró pé-de-serra tem que acender uma vela por noite pra São Luiz Gonzaga. Reverência é o mínimo que se pode ter a um dos dez nomes mais importantes da MPB de todos os tempos.(Rodrigo Faour)
O falatório desfiado por Gonzagão ao longo do disco pode até incomodar a quem só queira dançar ao som de suas músicas, mas não poderia ter ficado de fora. Seria uma heresia, afinal são em seus discursos que ele revela sua graça, sua ingenuidade e seu carisma inigualáveis. O repertório traz seus maiores clássicos - todos, atemporais - como Asa Branca, Boiadeiro, Lorota Boa, Assum Preto, Respeita Januário, No Meu Pé de Serra, Estrada de Canindé, Juazeiro, Derramaro o Gai, Qui Nem Jiló e tantas outras. Entre as menos conhecidas, destacam-se as brejeiras e melancólicas Ana Rosa (Humberto Teixeira) e Hora do Adeus (Onildo Almeida/ Lula Queiroga) e duas homenagens ao Rio de Janeiro: Adeus, Rio (Zé Dantas/ Luiz Gonzaga) e Aquilo Bom (Garotas do Leblon) (Luiz Gonzaga/ Severino Ramos). A nova geração do forró pé-de-serra tem que acender uma vela por noite pra São Luiz Gonzaga. Reverência é o mínimo que se pode ter a um dos dez nomes mais importantes da MPB de todos os tempos.(Rodrigo Faour)
Faixas
Cigarro de paia (Armando cavalcante, Klecius Caldas)
Lorota boa (Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira)
Macapá (Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira)
Oiá eu aqui de novo (Antonio Barros)
A volta da asa branca (Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira)
Ana Rosa (Humberto Teixeira)
Respeita Januário (Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira)
O cheiro da Carolina (Amorim Roxo, Zé Gonzaga)
O xote das meninas (Luiz Gonzaga, Zé Dantas)
O xote das meninas (Luiz Gonzaga, Zé Dantas)
Aquilo bom (Garotas do Leblon) (Luiz Gonzaga, Severino Ramos)
Baião (Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira)
Juazeiro (Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira)
Imbalança (Luiz Gonzaga, Zé Dantas)
Boiadeiro (Armando Cavalcante, Klecius Caldas)