A LISTA
Oswaldo Montenegro (2001)
Crítica
Cotação:
Sim, é a trilha sonora de mais um musical de Oswaldo Montenegro. Não vem muito ao caso criticar ou elogiar o compositor. Como alguns outros luminares de nossa música, OM possui um séquito bem definido de admiradores, que consomem suas criações sem maiores questionamentos. E outro tanto de detratores, sempre dispostos a detonar o homem sem sequer ouví-lo. Descartando os pré-julgamentos, os fatos são estes: A Lista, a peça, conta a história de três garotas que vêm tentar a sorte como modelos na cidade grande. Apesar de as letras narrarem um subtexto que se perde sem a encenação, a música em si sobrevive sem o espetáculo. Ou seja: é Oswaldo Montenegro sem tirar nem pôr, com os tiques que irritam os detratores e as possíveis qualidades que encantam os admiradores.
Os violões se destacam nos arranjos, uma característica recorrente nos trabalhos do cantor e compositor. As baladinhas com sabor medieval (há até uma explicitamente intitulada... Amor Medieval) se repetem, assim como os típicos "blues-com-cara-de-Oswaldo", como Velho Garotão (composta não por OM, e sim por Ulysses Machado), e Mudar Dói, não Mudar Dói Muito. Mas há algumas nuances inesperadas. Nem sempre exatamente agradáveis. A Tua Festa, por exemplo, tem momentos "afro-percussivos" e uma letra que mistura inglês e português, com rimas inacreditáveis do tipo "mas virou nosso ninho/soninho, soninho"!. Mais percussão é o destaque de Chove não Molha, esta com uma viola quase caipira e um andamento nordestinizado. A faixa-título e Gritem Casais investem em sonoridades mais soturnas. No meio das 13 faixas, uma acaba se sobressaindo. É Rasura, que carrega um Oswaldo inspirado na letra, que é acompanhada por arranjo simples mas encantadores com violões, piano e baixo.(Marco Antonio Barbosa)
Os violões se destacam nos arranjos, uma característica recorrente nos trabalhos do cantor e compositor. As baladinhas com sabor medieval (há até uma explicitamente intitulada... Amor Medieval) se repetem, assim como os típicos "blues-com-cara-de-Oswaldo", como Velho Garotão (composta não por OM, e sim por Ulysses Machado), e Mudar Dói, não Mudar Dói Muito. Mas há algumas nuances inesperadas. Nem sempre exatamente agradáveis. A Tua Festa, por exemplo, tem momentos "afro-percussivos" e uma letra que mistura inglês e português, com rimas inacreditáveis do tipo "mas virou nosso ninho/soninho, soninho"!. Mais percussão é o destaque de Chove não Molha, esta com uma viola quase caipira e um andamento nordestinizado. A faixa-título e Gritem Casais investem em sonoridades mais soturnas. No meio das 13 faixas, uma acaba se sobressaindo. É Rasura, que carrega um Oswaldo inspirado na letra, que é acompanhada por arranjo simples mas encantadores com violões, piano e baixo.(Marco Antonio Barbosa)
Faixas