Sergio Ricardo nascimento 18/06/1932

Descendente de família libanesa, nasceu em Marília (SP) e na infância estudou piano. Trabalhou na Rádio Cultura de São Vicente como locutor e técnico de som e foi pianista em casas noturnas. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1952, onde conseguiu um emprego de pianista substituindo Tom Jobim. Fez parte primeiro núcleo de compositores de bossa nova e lançou no começo dos anos 60 os LPs "Não Gosto Mais de Mim" e "A Bossa Romântica de Sérgio Ricardo". Fez vários shows com os outros integrantes do movimento, tendo inclusive participado do famoso Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall em Nova York, 1962. Muitas de suas músicas adotam uma temática social e de protesto. Uma das mais famosas, nessa linha, foi "Zelão", que teve diversas gravações. Fez trilhas para peças de teatro e filmes, entre eles o "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, "Deus e Diabo na Terra do Sol", "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" e "Terra em Transe", todos de Glauber Rocha. Em 1967 sua música "Beto Bom de Bola", inscrita no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record levou uma histórica vaia, o que o fez quebrar seu violão no palco, irritado com a platéia, e atirá-lo nos espectadores. O episódio serviu de título para seu livro, "Quem Quebrou Meu Violão", lançado em 1991. Nos anos 70 e 80 gravou outros discos e fez trilhas, atividade que manteve ainda na década de 90. Em 1994 fez shows em Portugal, Angola e Guiné-Bissau, divulgando seu disco com músicas brasileiras, portuguesas e africanas.